Desencontros e Desencantos - Nathalia Batista

Título: Desencontros e Desencantos                              Editora: Chiado
Ano: 2016                                                                                        Compre aqui: Loja Chiado Editora
Páginas: 256                                                                                   Skoob
Autora: Nathalia Batista

Exemplar cedido pela editora.

Sinopse: A Inglaterra, do início do século XIX, é palco de um romance repleto de paixão, dor, encontros, encantos, desencontros e desencantos. O romance é composto por pessoas e com elas, tudo o que há de pior e de melhor no ser humano. São sentimentos explorados em uma cadência lenta nas fases mais difíceis da vida de uma mulher. Suzanne é uma doce e ingênua moça de dezessete anos, cercada e castigada pela maldosa Veronika, de quem era dama de companhia. A vida tem seu próprio jeito de ensinar aos ingênuos e proporciona um longo e árduo caminho a menina em meio a uma sociedade onde respeito e posição não raramente eram construídos com crueldade, inveja, mentiras, intrigas e vingança.

Oiii gente tudo bem?

Hoje é dia de trazer a resenha do livro que recebi em parceria com a Chiado Editora, como sabem não sou muito chegada em romance de época, mas como minha amiga disse que esse livro era maravilhoso, resolvi solicitar e ver o que eu acharia para contar.

Suzanne sempre fora uma menina que sofreu muito na sua infância, perdeu sua mãe enquanto era pequena, sofreu horrores, mas um anjo chamada Sra. Hampton resolvera que iria cuidar da menina, no leito de morte de sua mãe prometeu e assim seria cumprido, aliás a companhia de Suzanne era maravilhosa, sabia sua hora de falar e tinha bons modos, assim como aprendera com a Sra. Mary Hancock, sua tutora.

" - Acredito que as pessoas dizem o que querem dizer." Pág. 48

Por outros lado, temos Veronika, filha da Sra. Hampton, uma menina sem nenhuma educação possível, questionava e gritava com sua mãe por motivos tolos, acredita que podia ter tudo e fazer tudo por ter dinheiro, sua mãe não aceitava e a cada dia estava se definhando de tristeza ao perceber que aquela era sua filha legítima, seu sonho mesmo era que fosse Suzanne.

" - As pessoas tendem a ganhar mais com a maturidade do que supõem os mais jovens. Os idosos percebem que não adianta ter tanta pressa, tanto falatório, nem tantas palavras desperdiçadas." Pág. 67

Com o passar do tempo Suzanne sempre acabava sofrendo com as humilhações que Veronika causava, a humilhava na frente de outras pessoas como se fosse uma criada qualquer, a quem sua mãe estava cuidando por obrigação. Suzanne que tinha o coração carinhoso, acreditava que a menina não fazia por mal, que era seu jeito de se expressar, até que em alguns momentos ela era carinhosa, mas era falsidade.

"Não nos podemos deixar limitar por aquilo que conhecemos, às vezes inovar pode ser bom." Pág. 104

Suzanne chegando quase aos 18 anos e Veronika ficando mais velha, Sra. Hampton decidiu que seria o momento de arrumarem um casamento, pois estava doente e não sabia se iria sobreviver ao outono que chegaria, acreditava que estava cada dia mais fraca, até que em certas localidades, a doença lhe afetava que nem tinha mais paladar e nem sabia distinguir certos cheiros.

A história se passa no século XIX, então em todas as épocas, o mais esperado eram os bailes, Sra. Hampton, decidiu que iria levar as meninas e que poderiam escolher o vestido que quisessem, independentemente do valor. Nessa expectativa, Suzanne escolhera o mais simples, aquele que iria ressaltar seus olhos azuis, a simplicidade sempre fazia parte da moça. Já Veronika, escolhera um cheio de babados, no qual sua mãe acabara não gostando muito, mas como era o desejo da filha, consentiu.

" - Porque você o ama e sente falta dele, e a saudade é o sentimento mais doloroso da face da Terra." Pág. 170

O dia tão esperado chegou, ao Suzanne entrar, soube ser discreta e ao passos que dava começou a conhecer nomes importantes, mas que para ela não importava o nível que tinha, a classe social, mas sim, como a pessoa a tratava, se era carinhosa, se tinha principalmente respeito, no final, era a base de tudo.

" - Os livros nos trazem um amor fantasioso que não podemos em realidade alcançar." Pág. 204

Era o que Suzanne teve ao conhecer o marquês Alexander Radcliffe, pois teriam que enfrentar obstáculos se acaso quisessem ficar juntos, com vontade própria, ironia do destino e até intervenção de Veronika, no qual via que ver a tristeza de Suzanne era sua maior felicidade, estavam prontos para se aventurem e descobrirem o que seria melhor para todos, será que conseguiriam? Será que em certas ocasiões o amor pode ser mais forte e ultrapassar barreiras?

Minha primeira experiência com livros de romances de época, de certa forma mostrou-me que posso gostar sim e me encantar por épocas diferentes das que nós vivemos, principalmente pelos vestidos que fiquei morrendo de amores, em relação ao romance, foi tudo muito novo para mim e até que gostei bastante, não achei nada tão enjoativo a ponto de ficar com raiva das personagens, além disso Suzanne me encantou em todos os seus aspectos e sei que amaria conhece-la pessoalmente se fosse real.

A edição de Chiado, como sempre está bela e bastante caprichada, fico feliz de ter essa oportunidade e fiquei encantadíssima com a beleza dessa capa, com toda certeza quero reler e deixar na parte da estante que sempre verei, pois está um luxo. 

Tive momentos de ódio e até mesmo vontade de chorar por causa de Suzanne, não imagino que alguém possa ser tão cruel a ponto que nem a Veronika, quando vocês puderem ler, verão que tenho razão e sentirão a mesma coisa, super recomendo!

Recomendo esse livro para quem gosta de romances de época, gosta de um belo romance encantador de encher os olhos.

Sobre a autora:

Nathalia Batista escreve desde a adolescência, mas pela primeira vez resolveu publicar uma de suas histórias. É bacharel e profissional do sistema de Segurança Pública há mais de uma década, mãe, bailarina e graduanda de Psicologia. Quando perguntada sobre o que ela escreve, sempre responde: “Romances”. E quando se pergunta: “O que têm seus romances?”. Sua resposta é: Mulheres Fortes. Só consigo escrever sobre mulheres que aprendem a lidar com a difícil tarefa de viver.”

Espero que tenham gostado e até a próxima resenha.