18/06/2019

Poemas para metrônomo e vento – Roseana Murray


Título: Poemas para metrônomo e vento                               Compre aqui: Loja Penalux
Ano: 2018                                                                                                  Autora: Roseane Murray
Páginas: 110                                                                                            Skoob
Editora: Penalux
Exemplar cedido pela editora.

Sinopse: Metrônomo é um instrumento que marca o ritmo das músicas, o seu funcionamento é construído para dar suporte a mensuração da passagem do tempo, assim, ele permite que a música flua com maior organizações e expressividade.Título muito bem contextualizado às características escritas da obra, nela, o tempo e a música se misturam metaforicamente feito metrônomo, marcando o ritmo do cotidiano, as coisas observáveis e corriqueiras como o nascimento da aurora, as borras de café, o quarto vazio, os sentimentos fugazes se perdem feito “poeira cósmica” entre “lenços e relógios”, entre uma rotina inevitável que se faz percebível somente pela decorrer do tempo. A autora enfatiza, em sua obra, o cotidiano que está em todas as coisas, na luz que vem do sol, no cheiro da mata, em um café, no fogo. Estas manifestações físicas, de corpos e sabores, só podem ser percebidas devido a íntima relação do tempo com os seres humanos, os quais, por sua vez, encontram expressividade para as suas existências, devido a noção de passado, presente e futuro.  Existe uma busca transcendental que motiva a jornada das pessoas, mesmo aquelas que não sabem bem onde querem chegar, é um impulsionamento que vem das memórias e lembranças, de uma existência formada e significada por um cotidiano, que é moldado pela sublimidade do tempo, o qual “tingi os corpos com dor e alegria”.

Oii, gente, tudo bem?
Hoje é dia de trazer a resenha desse livro de poesias que recebi em parceria com a Editora Penalux. Foi uma surpresa e tanto tê-lo na minha estante e vindo dessa editora não é de esperar que tivesse uma obra tão espetacular e singular.

Poemas para metrônomo e vento é um livro que nos revela muitas vezes, a autora pode ser comparada com nomes renomados da nossa querida literatura. Roseana foi única em escrevê-lo tão bem e expressar seus sentimentos ao que a rodeia.

A cada página virada, uma surpresa se inicia aos nosso olhos, são sentimentos escancarados e postos até mesmo como guia para nós, nos abrindo os olhares e nos fazendo refletir sobre alguns assuntos constantes.
O que falar de um livro que gostei tanto? Simples. Recordo-me como fosse ontem quando recebi de surpresa essa obra aqui em minha casa, logo de cara fiquei a questionar sobre o que se tratava e se iria me conquistar com tais palavras tão singelas de Roseana. E, após concluir a leitura, sou grata por tê-lo tido recebido para mim.

Como havia comentado anteriormente, Murray pode sim ser comparada com outros escritores, como Cecília Meirelles e Mário Quintana e que na obra em alguns comentários a comparação é grande. É de encher os olhos e a alma ao ler uma obra dessas.


ÁGUA PRIMORDIAL
Pouco a pouco
mergulhar
na água primordial,
porque construir
a vida
não é tarefa
pequena,
às vezes é dor
e pedra.

A LUZ DA TARDE
Quando a luz da tarde
vira musgo,
fina pele macia
sobre todas as coisas,
quando dentro da luz
dessa tarde
o nome de quem se ama
é o som que abre
as sílabas
do meu nome,
adormeço
dentro do tempo
que flutua
entre as mãos vazias.

VIAJANTE
A porta está aberta
para que entre o viajante,
o que chega trazendo
estrelas como fardo
e luz como água.
As janelas estão abertas
para que entrem os pássaros
de asas verdes e rotas
desconhecidas.
Minhas mãos
estão abertas
para que caibam
as linhas
da existência, do indizível,
dos mistérios que galopam
junto com as horas,
para tecer horizontes.

Espero que tenham gostado dessa resenha e que leiam! 



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