Título: Muito prazer, eu sou a morte Autor: Jorge Oliveira
Ano: 2015 Editora: Chiado
Páginas: 298 Compre aqui: Loja Chiado
Exemplar cedido pela editora.
Sinopse: A concha de pedras, lá no alto, parecia fragmentos que levitavam na serra. Vi ali o olho mágico dos deuses mirando os meus mortos. Felicitei-me pela honraria de tê-los na minha companhia nos solitários e imperturbáveis momentos de reflexão de quando escrevia este livro. Agora eles me deixariam em forma de cinzas para entrar pela luz do espaço.
Oiii gente, tudo bem?
Hoje venho trazer a resenha de um livro que recebi em parceria com a Chiado Editora, muitos sabem que tenho um apreço muito grande pela editora, por sempre ter um acervo variado e agradando todos os leitores. Com isso, solicitei uma obra diferente que costumo resenhar por aqui.
Muito prazer, eu sou a morte, é um livro de nos fazer conhecer e viajar por dentro da história, conhecer alguns casos que são reais e escritos pelo autor que presenciou cada fato.
A obra traz à tona a história de Jorge Oliveira, um jornalista conhecido por chegar onde estava, lutou para ganhar reconhecimento e mostrar que sabia fazer as coisas direitinho, não deixava escapar nada, suas entrelinhas revelavam coisas que poucos conseguiam decifrar e assim cada vez ele se tornava um dos favoritos.
"Tudo estava acontecendo em fração de segundos. Fui me desmoronando em câmera lenta." Pág. 31
Quando de repente tudo se foi por um motivo breve no mesmo momento em que estava a entrar em seu carro, um vulto passou e assim achou que nada aconteceria, mas sentiu com dor e tristeza a cabeça queimando e o sangue descendo pelo resto de seu corpo, suas pernas já estavam tombadas no chão, apenas o calor em seu crânio o aquecia, fora assim.
Todos estavam afoitos com a sua partida, mas a vida era assim e o que restava era continuar em frente e investigar essa morte, doía em todos, pois o conheciam e morrera tão jovem. Podemos achar engraçado, mas o narrador da história era o morto, a vítima que ali morrera. Seria um adeus de forma diferenciada.
"O vaivém das recordações dos mortos não é coisa que os vivos compreendam." Pág. 60
Ele relatava tudo que aprendera e o que descobriu no governo de Leonel Brizola, ele tinha cartas nas mãos e não podia esconder, pois queria que a história fosse contada e mostrada a todos, principalmente para os que ainda estavam vivos, seria um reconhecimento e segredos sem igual. Jorge Oliveira tinha partido de um modo um tanto violento que assim todos ficaram surpresos.
O governo naquele ano escondia tantas coisas que não sabiam de onde Jorge tinha tamanho conhecimento, eram revelações fortes e impactantes, desde mortes que foram mandadas e até casos que foram escondidos ou deixados de lado por querer. Eram tão bem escondidos que nunca ninguém chegou a desconfiar de tais fatos que ocorreram para todos estar onde gostariam, apenas Jorge viveu e conviveu com certos momentos.
"A morte sepultou os meus sonhos aos 36 anos. Eu me julgava um cara experiente, vivido." Pág. 123
Durante a leitura não sabemos ao certo se Jorge Oliveira está vivo ou não, entre tantas frases contadas e ironias do destino descrita por ele, perdemos o enfoque ligado diretamente à política e vamos para o mistério de quem tinha lhe atirado e o porquê de tal fato ter ocorrido, são tantas mensagens e envolvidos que a história se desenrola e enrola em vários capítulos, é um livro para ser debatido e conhecido.
A edição de Muito prazer, eu sou a morte está linda demais! Folhas amareladas e letras grandes, não dificultou em nenhum momento a minha leitura e adoraria que todos tivessem oportunidade de ler, é um livro cheio de história mesmo, a história política vista e contada por um jornalista que presenciou o momento.
Jorge Oliveira escreve de uma forma um tanto detalhista, sempre relatando e especificando os acontecimentos de forma que todos possam compreender e interpretar. Gostaria de agradecer a oportunidade de ler um livro incrível destes e vou indicar para alguns amigos também.
Sobre o autor:
Jorge Oliveira, jornalista, cineasta e escritor, é alagoano. Está no jornalismo desde 1964. Começou sua carreira de repórter em Maceió. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1969, onde trabalhou nos principais jornais do país.
Espero que tenham gostado dessa resenha e até a próxima!
"Ele relatava tudo que aprendera e o que descobriu no governo de Leonel Brizola, ele tinha cartas nas mãos e não podia esconder, pois queria que a história fosse contada e mostrada a todos..." - pessoas como esse personagem precisam de muita coragem é estar numa posição onde não possam ser atingidas para fazer "a verdade" vir à tona. Dom Paulo Evaristo Arns usou de sua posição como Cardeal para lutar contra a ditadura - por isso a mesma não conseguiu o calar.
ResponderExcluirOiii]
ResponderExcluirAmei a capa do livro!!
Bjoo
Oie
ResponderExcluirCaramba, que legal esse livro. Primeiro que a capa é muito maravilhosa e depois, achei a temática legal demais. Já anotei e vou comprar com certeza.
beijinhos
Que livro lindo, suas fotos são incríveis!
ResponderExcluirBeijos
Gustavo | Scorch Books
Oi Morg, que livro bacana, fiquei super interessada na temática central da obra, não conhecia e já vou anotar a dica aqui.
ResponderExcluirAbraços
Olá,
ResponderExcluirFiquei bem intrigada com a obra pelo fato de se tratar de situações vivenciadas pelo próprio jornalista e que ele escreve detalhadamente sobre esses acontecimentos de forma clara e objetiva.
Embora não seja um dos meus gêneros favoritos, fiquei encantada com a capa e o conteúdo abordado, então pretendo ler no futuro.
http://leitoradescontrolada.blogspot.com.br/
Oi Morgs, já comecei gostando da capa ahuahuaua. Fiquei curiosa pela morte do cara, mas também por ele tratar de um momento histórico que é algo que adoro nesse gênero. Ainda mais saber um pouco sobre nossa politica e tal. Vi que você não nos deu nenhuma brecha sobre o desfecho o que me deixou bem curiosa. Quero ler. Bjs
ResponderExcluirOi Morgana! Que coincidência! Estou com esse livro aqui para ler tbm! Parece ser bem interessante, gostei da resenha, pretendo ler em janeiro. bjos
ResponderExcluirMorgana, a Chiado como sempre arrasando nas obras para tirar a gente da nossa zona de conforto.
ResponderExcluirAmei a capa e mais ainda a narrativa fiquei bem curiosa de ler essa narrativa do narrador morto-vivo.
Olá,
ResponderExcluirRealmente as obras da Chiado são sempre caprichadas e estava bem interessada por esse livro. Gostei da narrativa ser de um morto vivo e dos segredos que vamos descobrindo no decorrer da obra. Dica super anotada.
Abraços,
Cá Entre Nós
Oi Morgs, não conhecia o livro, e fiquei apaixonada pela capa. Eu fiquei meio confusa no início da resenha, mas depois entendi melhor o enredo. Vou anotar sua dica.
ResponderExcluirBjs
Oi, Morgs ^^
ResponderExcluirQue obra incomum!!!
Lendo a sua resenha me vi dividido entre acreditar que existiu mesmo esse jornalista e que houve uma investigação para identificar o seu assassino, ou se tudo é fictício. O autor soube bem mesclar os gêneros literários e me deixou embasbacado! Acho que devem ser poucos os profissionais da escrita que tem esse dom de confundir, de fazer o leitor acreditar. Se não fosse você especificando a mudança de gênero durante o enredo eu acreditaria que tudo aconteceu mesmo na vida real! (exceto as cenas que o morto conta sua história e vive por aí)
A capa do livro é simples, mas linda demais. O contraste dessa caveira mexicana deu todo um tchan e ar divertido para a obra que me parece conter momentos cômicos ou beirando a tal.
Mesclando dados verídicos num enredo fictício deve requer muito trabalho e atenção, eu nã conseguiria tratar isso tão fácil assim, não.
Obrigado por resenhar uma obra nacional, Morgs. Essa divulgação é sempre bem-vinda! E obrigado por me apresentar a mais um autor brasileiro!!! *_* <3
Bjs
Nossa! Que diferente, rs. Eu nunca tinha ouvido falar desse livro, e nem desse jornalista para falar a verdade, mas confesso que não sei se gostaria tanto da história, recentemente tive uma decepção com uma obra quaaaase semelhante, rs. Flores no Outono
ResponderExcluirOlá Morgs, tudo bem?
ResponderExcluirNossa que livro interessante e que titulo curioso não é? kkkkk Amei a sua resenha e as fotos estão maravilhosas. Mais uma dica de leitura sua que vai para a minha lista. Beijos
Oieee,
ResponderExcluirMenina eu não conhecia o livro,acho que nem cheguei a vê-lo quando tava navegando no site da Chiado, mas caramba que interessante, curti muito a premissa da trama e essa capa é um sonho à parte, né? Sou apaixonada por caveiras.Fiquei bem curiosa.
oie, adorei a premissa do livro e fiquei com muita vontade de ler, apesar de que é a primeira vez que ouço falar dele. Adoro histórias que nos dão um panorama do nosso país em algum momento, e principalmente dos fatos políticos, e gostei de saber que o autor narra muito bem isso. também fiquei intrigada sobre quem foi o autor do tiro e porque.
ResponderExcluirOlá linda,
ResponderExcluirA editora sempre tem um acervo amplamente variado e por isso costumo ler muitos livros dela, porque abrangem desde poesia até biografias de jornalistas, escritores e afins.
Lendo sua resenha me lembrei de uma discussão sobre o livro Toda luz que não podemos ver que mescla fatos históricos com ficção e resulta numa obra que não conseguimos diferenciar o que aconteceu plenamente e o que é delírio do escritor e acaba sendo uma habilidade que poucos tem em misturar realidade e fantasia e presentear os leitores com um enredo homogêneo e cativante.
Beijos e Feliz Natal!
Quando eu vi a foto desse livor no seu ig eu fiquei muito curiosa e adorei conferir sua resenha, parece mesmo ser um livro incrível e eu gostaria muito de lê-lo.
ResponderExcluirBeijos
Olá
ResponderExcluirassim como vc, também tenho muito apreço pela chiado justamente pela sua variedade, ainda não conhecia esse mas fiquei interessada, amei essa capa e esse enredo tao peculiar, muito legal sua dica
beijos
http://realityofbooks.blogspot.com.br/
Olá
ResponderExcluirEu tenho um pouco de receio com a editora porque os livros que li dela tinha muitos erros de revisão, mesmo assim gostei demais da premissa do livro, gosto muito de ler histórias que mesclam realidade histórica com ficção, e pela resenha, parece que o autor acertou em cheio
Olá! A capa é muito bonita! Achei a premissa bem diferente, essa dúvida para saber se o personagem está vivo ou não deve deixar o leitor louco! A Chiado sempre tem obras maravilhosas, beijos!
ResponderExcluirEntre Livros e Pergaminhos
Olá!
ResponderExcluirNão o conhecia, mas achei bacana. Mas dificilmente leria, já que os livros da Chiado não tem pra vender nas livrarias brasileiras... mas pra sair da zona de conforto é bem legal.
Oi, Morgs! Desta vez não fiquei muito animada com o livro, porque estou procurando histórias de outro estilo. No entanto, por envolver jornalismo, vou anotar na lista das possibilidades! Abraços!
ResponderExcluirOie!
ResponderExcluirConfesso que não é um livro que costumo ler, gosto mais dos livros de ficção. A dica é muito boa, conheço várias pessoas que com certeza gostarão dessa leitura, mas não é algo para mim.
Bjks!
Histórias sem Fim
Oi, tudo bem?
ResponderExcluirA capa me chamou atenção e, por haver muita coisa histórica, com certeza me interessou! É tipo uma biografia misturada com ficção? Porque essa coisa da morte, para mim, não parece realidade hahaha. Mas fiquei interessada em saber sobre o autor. Faz tempo que não leio nada que seja não-ficção, além de infinitos livros acadêmicos e TCCs por causa da preparação para o meu próprio TCC hehe. Adorei! Preciso ler mais livros dessa editora!
Feliz Natal (de novo haha) :)
Love, Nina.
http://ninaeuma.blogspot.com
Oiii!!!
ResponderExcluirEu não conhecia a obra, gostei do título é o enredo parece ser bem bom! O problema é a questão da descrição demais... Tenho problemas com obras assim..
Beijinhos
a primeira coisa que curti nesse livro foi a capa, a relação com o governo Leonel Brizola é outra coisa instigante, pois traz um elemento a mais ao leitor que curte história, enfim, confesso que estou no mínimo curiosa com a obra. Também não conheço a escrita do autor, excelente maneira de começar.
ResponderExcluirVocê é linda. Só isso já bastava. O título é atraente. Gosto de livros detalhistas que nos faz entrar na história. Bela resenha
ResponderExcluirOi Morgs!
ResponderExcluirTambém gosto da editora na próxima vez que for solicitar um livro viu pedir este.
Eu já tinha ficado confusa ao ler a resenha, mas dai vc explicou, mas ainda acho que só lendo mesmo! A capa e belíssima mesmo e eu amo a diagramação da Chiado.
Bjs e Feliz Ano Novo!
Eu vi essa foto no seu Instagram e desde lá me interessei. Confesso que eu leria esse livro só por falar de morte (não sou tão mórbida assim, mas é que o assunto me interessa). Ainda não li nada da Chiado e tenho vontade.
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirEu digo que leria a obra só pela capa! Fiquei apaixonada por ela. E quando fui vendo as fotos q vc tirou de dentro do livro, me encantei mais ainda. E como admiradora do Brisola, fiquei mais interessada ainda. Bela resenha, ótima dica!
Oi, Morgs.
ResponderExcluirEu fiquei um tanto intrigada entre acreditar se realmente aconteceu com o autor ou não alguns dos acontecimentos que você citou. Fiquei dividida entre o que é real e fictício.
Adorei a capa e se eu tivesse a oportunidade leria o livro!
Beijo,
http://pactoliterario.blogspot.com.br/
Olá, tudo bem?
ResponderExcluirAmei a capa, achei o livro bem interessante, ia ficar no suspense em querer saber se o autor estava morto ou não o livro inteiro.
Gostei muito da sua resenha!
Beijos, Larissa (laoliphant.com.br)
Olá, tudo bem? Confesso que a história ficou meio confusa para mim, mas percebi que se trata de morte. Não sou muito fã do tema, mas a capa é linda demais e só por ela já queria ler hahaha Adoro caveiras mexicanas e as histórias que tem por trás dela. Quem sabe futuramente eu dê chance?!
ResponderExcluirBeijos,
http://diariasleituras.blogspot.com.br/