03/03/2019

fellis - Daniel Osiecki


Título: fellis                                                                                    Editora: Penalux
Ano: 2018                                                                                       Autor: Daniel Osiecki
Páginas: 84                                                                                    Compre aqui: Loja Editora Penalux
Exemplar cedido pela editora.

Sinopse: Logo na abertura da sua obra Daniel Osieck versa em metalinguagem, explicitando o porque da vinda dos seus posteriores poemas. Para ele, a linguagem, apresentada por meio de aliterações, vem para que se cumpra a vontade do poeta, algumas vezes aparece como desforro, como fúria, outras vezes como realização de desejos, vem como vem, para o que tiver de dizer, conforme a vontade do eu-lírico.
Esta poesia que se forma com a vontade do poeta, algumas vezes narra a história de personagens, fazendo para isto uma aproximação com a prosa, em “Narciso das Araucárias”, o leitor é apresentado a um ser protagonista que está enfeitiçado por sua própria aparência, as estrofes que se seguem, feito minúsculos capítulos, apresentam-se como se fossem cenas, a guardar em cada estrofe-capítulo, um desfecho para a narrativa.
O autor consagra a liberdade de se expressar, independente da lírica, como uma necessidade de paz por meio do descarrego das palavras, o caos, é consagrado como poesia, é exposto como algo convidativo, que precisa ser sondado. Quando o autor baila com a negridão do coração, o faz com grande desejo, vontade de se consumir pelas palavras. Na poesia “Coração Escuro”, o poeta celebra este coração machucado e aflito, consagrando a violência dos sentidos a uma voracidade de um almejar por destruição, por uma antropofagia que lhe coma, lhe cuspa, lhe permita consumir-se entre tamanha ferocidade de emoções.
"Em canastra canhestra”, o blefe, a mentira, a vontade de matar, de violentar, ganham palco, embora,  para que se tornem conhecidos precisem passar surgidas no contexto  de um jogo de cartas, desta  mesma forma a poesia também permite a expressão de sentimentos, mesmo os sórdidos, mas que enquanto naturais ao humano, não são pelas letras julgados, mas sim trabalhados de forma mais verossímil, transmutando raiva, ódio e tristeza em beleza.  

Oiii, gente, tudo bem?
Hoje é dia de trazer a resenha do livro fellis. A obra possui uma capa extremamente diferente e agora conto um pouquinho do que achei sobre a leitura.

fellis é um livro diferente do que costumo a ler da editora Penalux, o autor traz em seu texto momentos de tensão e pensamentos importantes até a metade da obra, revelando o caos que cada um pode encontrar em si mesmo, sobre sentimentos até mesmo obscuros que poderão ser revelados futuramente.

Já a outra metade, expôs algo diferente aos nossos olhos e em certos momentos é possível assustar os leitores diante da brutalidade de sua escrita.

Quando recebi a obra, fiquei bem animada para ler e confesso que para vocês, que até a metade da obra tinha amado a escrita de Daniel, o que me fez perder o interesse, foi a outra parte. Onde utiliza palavras e cenários desnecessários para um mundo atual em que estamos vivendo. Levando-me a pensar se deveria ou não continuar a leitura, por estar desgostosa e ser machista.

"vim, vi e não venci.
olhei o relógio e não
        parei.
vi as luzes dos faróis
no reflexo de seus óculos,
mas não parei."

"meu coração escuro é fraco
e carente.
do nada, de repente,
para de bater.
sei que por você vou morrer,
meu coração escuro."

"me calo diante de
teus olhos imponentes."

"o ar da manhã
invade seu quarto vazio.
não ouço sua voz
desde quando você partiu."

Espero que tenham gostado e até a próxima!

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